um brinde largo à poesia sangue-suga,
que arrebata do fundo das veias
a inspiração fluída que se esconde
no recôncavo do universo interno.
suga à superficie da alma
a dor sublime dos deuses
de criar com a palavra simples
mundos e novos mundos
de palavras vagas, puramente.
escorre lento o sangue de letras
da artéria pulsante do poeta.
gritando baixo e sincero
a verdade bruta e incerta:
poeta bom é poeta morto.
morto e seco sobre o papel
que aflora teu sangue escuro
na planície branca e funda da folha,
alagada de sangue puro e podre
do poeta incerto e torto.
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afinal...
de que vale um poeta?
uma pétala de Iroshima.
SAUDAÇÕES!!
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